quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Hard Sun

Estes dias têm sido calmos - parecem até compensar a aceleração da passada semana, entre um trabalho e o outro, as idas ao hospital de Coimbra e os labirintos habituais.
O soalho pede agora um tapete quente, para proteger as tábuas do frio e aconchegar os sons que por aqui passam.
Hoje, acordada com aquela vontade de fazer tudo que não é obrigação, não fosse o frio que se fazia sentir fora dos cobertores, ter-me-ia levantado e seguido caminho até à praia. Ao invés disso, corri até ao aquecedor da sala.
Estes dias têm sido frios, mas a semana vai sendo amena. E é assim que surge a vontade de ouvir os sons de Eddie Vedder em "Into The Wild, OST"

Saí de casa com Hard Sun a sussurar-me ao ouvido.

Ainda que o sol brilhe, os dias atacam-com com uma frieza cortante - diria que, metaforicamente, o mesmo acontece com tantos sorrisos que recebemos [e, por vezes, damos] e que, na verdade, se revelam indiferentes.
A natureza é implacável e a natureza humana é implacavelmente gélida, quando assim o quer ser.
Ainda assim, sozinhos - por muito que o sol brilhe - não há como aquecer o coração. Há que, isso sim, manter-nos perto de quem nos ama e nos dá esse calor e que, até mesmo quando o sol se põe, nos ilumina.

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