quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Let Me Be

O ar condicionado danifica a acústica deste soalho. O ameno artificial é bem vindo, mas não dura sempre e a madeira ressente-se.

Assim, dou por mim constipada – estado sempre inconveniente, mas especialmente irritante nestes dias.
À constipação, acumulo o stress do final de ano, que já cheira a mofo e pede o início do próximo, na expectativa de trazer mais sorrisos e afecto.

Com isto, procuro um cantinho para libertar esta irritação – dizem que a brisa salobra alivia e contribui para um respirar mais ágil. Dizem que um chá deverá acalmar e descanso é peremptório.
Estes conselhos, ainda que bem intencionados, nutrem a necessidade de fugir das palavras e procurar a tranquilidade.

Assim, se peço que me deixem por momentos, Xavier Rudd canta esse pedido em Let Me Be – onde, mais do que tranquilidade, pede a Paz. A simplicidade da mensagem, por muitos considerada trivial, é [sempre] digna de se partilhar – a liberdade é decisiva no caminho que se traça para a paz.

Com alguns sons de Xavier Rudd [que deixam sobressair vestígios semelhantes a Jack Johnson ou até Ben Harper], procuro enfraquecer a minha irritação e, talvez com um chá e uns quantos rebuçados, volte a respirar pelo nariz!


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