terça-feira, 21 de dezembro de 2010

PAUS

Há pessoas que sabem [e, às vezes, até gostam] de música – escrevem em revistas ou jornais, colocam umas estrelinhas abaixo da capa do CD em questão e o leitor fica assim com a indicação de gostar ou não gostar, por vezes, sem sequer ouvir.
Dá jeito – uma conversa flui com maior facilidade quando temos o auxílio da opinião de outros em oposição à ausência do nosso saber.

Por outro lado, há também pessoas que gostam [e, às vezes, até sabem] de música – partilham a sua opinião, sem o receio de maltratar o que, numa revista, teria cinco estrelinhas, e sem cerimónias quando quer mostrar o que soa por aí e é bem bom de se ouvir.

Para quem vive, como eu, com um pé atrás perante o que é criado em Portugal [um defeito pessoal crónico, em fase de tratamento descontinuado...], estas partilhas são indispensáveis. Felizmente, tenho a sorte de conhecer quem goste de música e goste de partilhar. Caso contrário, continuaria ignorante no que diz respeito a PAUS.

Há muito talento em Portugal – daquele que merece ser bem tratado e bem ouvido! Esta banda é arma que fere o preconceito contra o que é criado neste país. E, como esta, há outras de qualidade mortífera.
Preferencialmente, opto por sons que não sejam inundados de sintetizadores e afins – ainda que estas ferramentas não me desagradem.

PAUS, mais uma vez, vêm quebrar todas as preferências e opiniões pessoais que mantinha antes de os ouvir. E, como boa leitora que sou, na falta de palavras para expressar a minha opinião, deixo o que esta banda escreve na sua biografia [do myspace]:
"uma bateria siamesa, um baixo maior que a tua mãe e teclados que te fazem sentir coisas".

Está tudo dito e não há volta a dar-lhe!   

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