quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Never Tear Us Apart

Ontem, em conversa com uma amiga, relembrei os dias frios na República Checa – porque 23º negativos parece muito frio e, ainda assim, o vento desta cidade suporta-se com menor dificuldade...
Recordei momentos simples – aqueles que não vale a pena contar, dada a sua trivialidade. Andar com neve pelo joelho, convicta de que não molha como a chuva – e o consequente desabar desta simples e ignorante certeza. O evidente nem sempre é o nosso pensamento primitivo, e é assim que chegamos a casa com a roupa a pingar e o corpo a doer.

Dois anos naquele país criaram o sentimento de fuga perante lugares por onde a neve passa, mas não criaram, de forma alguma aversão à República Checa. Ali, ensinei pela primeira vez e, acima de tudo, aprendi. Muito. Sobre os outros e sobre mim. [Quantas vezes, dei por mim a cantarolar “people are strange, when you’re a stranger”!]

As idas a Praga tornaram-se tão comuns que o hábito superou o magnífico. Mas a beleza está lá e não há fotografia, nem vídeo, que a deixe viver cabalmente.

Saudades de Praga? Das ruas, dos monumentos, das pessoas? Quem não tem, depois de partir? Mas não é caso para chorar - é mais um ponto no mapa que a sorte me ofereceu. Agora fico-me por aqui, pousei as malas e deixo que o pó assente – só um bocadinho!

1 comentário:

Anónimo disse...

obrigada por esta tua magnífica partilha e obrigada pela escolha musical...gosto imenso desta música. É mto bom qd ensinamos e aprendemos em qq ponto do mapa!!!