terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Queen

 
Faltam poucos dias para o Natal e pensei em recorrer ao clichè de colocar aqui uma canção [obvia- e claramente] natalícia...

Porque há sempre bandas que decidem gravar um CD “especial Natal” – como que uma forma de prendar [quem é fã e quem lucra das vendas]. Até Bob Dylan recorreu a esse clichè e o resultado está à vista [ou, melhor, ao ouvido].

 Confesso: adoro Little Drummer Boy cantada por [quase] qualquer pessoa – porque é uma história envolta numa sonoridade que não é escrava.
É uma canção que vive independente – é dona de si mesma e sobrepõe-se a quem lhe dá voz. Talvez por isso mesmo, sejam muitos aqueles que recorrem a Little Drummer Boy.
Um exemplo que aprecio é, sem dúvida David Fonseca que, no seu hábito de apresentar uma canção de Natal a cada ano que passa, já procurou o auxílio deste som.
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Com isto, o clichè vê as portas entre-abertas para este soalho – em época natalícia, a escolha de respectivas canções compara-se à escolha de café na Nespresso.
No entanto, não é uma ou outra canção que me fará recordar o Natal. Ao invés disso, é o Natal que me faz recordar uma ou outra canção.

Desde pequena, Agosto e Dezembro são meses que me levam rumo a Sul – a proximidade da família paterna quer-se, tanto em dias de sol e praia como em tardes de aconchego frente à lareira.

Assim, desde pequena oiço Queen – o grande apreço que a minha tia sempre teve por esta banda tornou-se contagiante – lembro-me de escolhermos os vídeos daquela banda e passar horas a absorver a energia de Freddie Mercury através daquela caixinha mágica.

Num Natal qualquer, há uns bons anos, nasceu a predilecção por esta banda – com 12 ou 13 anos de idade, o meu pai ofereceu-me o que seria o meu primeiro vinyl: Queen: Live Magic – que ouvia ininterruptamente, com um caderno e lápis na mão, levantando a agulha em jeito de pausa. Queria escrevinhar o que ouvia para cantar em consonância. Queria saber o que Freddie Mercury dizia com tanta energia e paixão.

Ainda hoje canto cada canção de Queen tal qual aprendi [isto é, com palavras ainda não existentes na Língua Inglesa] com orgulho de ter uma tia que me deu a conhecer uma das melhores bandas de sempre!

1 comentário:

Anónimo disse...

A sério...talvez me achasse uma herege...mas não consigo gostar desta banda...apesar de lhe reconhecer o mérito e o carisma!

Mas quero agradecer-te e desejar-te também um Santo e Feliz Natal!!!

um beijão enorme!